Comunidade Quilombo Apepu em São Miguel do Iguaçu Pr. 02/05/2023 - 20:13

Finalizando o giro em São Miguel do Iguaçu Pr, a SUDIS visitou a comunidade quilombola Apepu, quando foram recepcionados pelo líder do Quilombo, Roberto Correa.

A visita foi acompanhada pelo Controlador Interno da Prefeitura Luciano Neris e Gelson Souza, Secretário do IDESS e coordenador do Núcleo Artesanato, Roland Rutyna e Elio Andrade da SUDIS, o roteiro serviu para conhecer as atividades da comunidade e os projetos em andamento para beneficiar a sua população.

Roberto relatou que a grande expectativa será um convênio com o ICMBio para exploração de uma trilha de 3 km dentro do Parque Nacional do Iguaçu até o Rio Iguaçu, onde a comunidade quilombola irá coordenar as atividades e a regularização da área junto ao INCRA, ampliando assim a área de cultivo de produtos agrícolas.

A comunidade Quilombola:

Associação da Comunidade Negra Rural Apepu, Situada no município de São Miguel do Iguaçu, tem como cidade mais próxima, distante 20 quilômetros, Santa Teresinha de Itaipu. A comunidade escolheu o nome de Apepu em referência a um tipo de laranja, abundante na região. Dona Aurora Correia, filha de Djanira Rafaela e de Florentino Correia, conta que a História da Comunidade está no livro da história de Foz do Iguaçu. Seu pai, Florentino Correia, nascido em 1901, veio ainda criança, antes de 1905, para Apepu com seus pais.

O avô de Dona Aurora iria trabalhar na instalação da linha telegráfica que ia até Foz do Iguaçu. Quando terminaram de instalar a linha este ganhou oitenta alqueires de terras onde hoje é São Miguel do Iguaçu. Dessas terras restaram apenas vinte alqueires, pois no decorrer do avanço da fronteira agrícola no Oeste foram-lhe tomando /”comprando” pedaço por pedaço. Outros percalços aconteceram durante a revolução de 1924 quando tanto os revolucionários quanto tropas do governo tomavam o que queriam dos moradores, e mesmo as forças do governo dando recibo do que levavam para pagar depois da revolução, nunca pagaram.

A locomoção até a cidade mais próxima é a cavalo ou a pé. O cultivo mais importante para a alimentação é o milho. Para venda o cultivo é de soja cujo produto é vendido para uma cooperativa. A principal dança para a comunidade é o fandango.

Atualmente a comunidade negra Apepu localiza-se a 26 km da sede do município. São 12 famílias que semanalmente deslocam-se para laborar e vender seus produtos.

A comunidade possui as unidades habitacionais que buscam de maneira sustentável resgatar e manter o ambiente histórico vinculado a Comunidade Quilombola, bem como a sua cultura presente na região. Ainda atua para contribuir para a geração sustentável de renda da comunidade, através de um espaço para a produção de artesanato e exposição cultural e histórica, direcionada principalmente ao turismo, identificando e mantendo assim as raízes e cultura dos povos quilombolas presentes na região.

A associação desenvolveu os seguintes projetos coletivos buscando a sustentabilidade econômica e cultural:

Criação da Arca da Letra

Implantação Pomar de frutas cítricas, abacates, goiaba e fruta do conde

Implantação de Irrigação

Construção do Centro Cultural

Implantação Projeto Habitacional composto de 06 UH

Implantação Projeto Frango Caipira

Implantação Horta Orgânica

Revitalização da Nascente

Viabilização sistema de captação e distribuição de água tratada.

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