A perseguição aos negros durante o Holocausto 20/03/2024 - 15:31

O Superintendente Geral de Diálogo e Interação Social, Roland Rutyna, participou hoje, 20 de março, no auditório Mario Lobo, na cerimônia de abertura da exposição "A Perseguição aos Negros durante o Holocausto". O evento contou com a presença de autoridades municipais e estaduais, bem como lideranças comunitárias.

A perseguição aos negros durante o Holocausto é tema de uma exposição no Palácio das Araucárias, em Curitiba. A mostra, organizada pelo Museu do Holocausto de Curitiba, revela histórias pouco conhecidas e traça paralelos com o racismo enfrentado atualmente no país.

Embora as políticas raciais do Nazismo em relação aos judeus e ciganos tenham sido amplamente documentadas, os pesquisadores deram pouca atenção às ações contra os negros. Esta minoria, embora não tenha sido eliminada sistematicamente como outros grupos, enfrentou intensa discriminação, variando do isolamento ao assassinato. Até hoje, há poucos registros sobre a perseguição aos afroalemães.

Essa é a temática da exposição itinerante "Nossa Luta: a perseguição aos negros durante o Holocausto", composta por 23 painéis, 5 vitrines e 5 totens com conteúdos audiovisuais. A exposição estará em exibição no Palácio das Araucárias de 20 de março a 1º de abril, em uma iniciativa promovida pelo Museu do Holocausto em parceria com o Consepir (Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial).

A proposta da exposição é oferecer novas narrativas aos educadores, apresentando o contexto e a crescente privação dos negros desde o período colonial alemão (incluindo o genocídio de hereros e namaquas, na atual Namíbia), passando pela República de Weimar, até o Nazismo consolidado. Destaque também para breves biografias de afrogermânicos que sobreviveram à perseguição nazista.

Atualmente, o Museu do Holocausto é o único espaço no país que conseguiu unir os eixos de educação, memória e pesquisa com uma proposta museológica permanente para o trabalho sobre a Shoá. Regularmente, promove seminários e debates, além de desenvolver materiais pedagógicos que buscam fomentar uma discussão ampla sobre o preconceito e a violência ao longo dos séculos XX e XXI.
 

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