Dando sequência ao trabalho conjunto entre a Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (SUDIS), por meio do GT de Povos e Comunidades Tradicionais, e da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, neste sábado 08/05, foi realizado uma megaoperação para a entrega de ajuda emergencial aos povos  e comunidades tradicionais que vivem nas ilhas do Estado.  

Foram entregues cerca de 1300 cestas básicas para comunidades de quilombolas, pescadores artesanais, caiçaras e ilhéus. As famílias estão divididas nas ilhas: Ilha de Bertioga, Barra Ararapira, Ilha de Barbado,  Ilha de Canudal, Vila Fátima, Ilha das Peças, Varadouro, Ilha de Superagui, Ilha de Tibicanga, Ilha de Puruquara, Ilha de Madeiros, Ilha Rasa, Ilha de Sebuí, Ilha de Mariana e Ilha da Gamela.  As entregas foram centralizadas no município de Guaraqueçaba e contou com a participação da Defesa Civil e da Prefeitura Municipal. 

Denilton Laurindo, Presidente do GT de Povos e Comunidades Tradicionais, argumentou que a entrega de alimentos para estas famílias é prioridade para o Governo do Estado do Paraná. Segundo ele: “Precisamos atender às famílias que estão em estado de extrema vulnerabilidade, eles não conseguem trabalhar e trazer o sustento para suas casas.”.  

Lembrando que a ajuda emergencial do Estado vem sendo organizada pela SUDIS, por meio do GT de Povos e Comunidades Tradicionais, em parceria com a Coordenadoria da Defesa Civil e que conta também com a ajuda das Secretarias Municipais de Assistência Social. Laurindo também disse: “Este trabalho em conjunto é imprescindível neste momento, pois sem a logística da Devesa Civil, que recebe e distribui as cestas entre suas regionais, e a ajuda em identificar e organizar as famílias feitas pelos órgãos municipais esta distribuição seria muito mais difícil.”.  

O líder quilombola Professor Ilton Gonçalves da Silva falou da importância desta ajuda, pois desde que começou esta epidemia as pessoas enfrentam muitas dificuldades para sair das comunidades para trabalhar. O Professor salientou: “Não conseguimos sair de casa pra trabalhar, e muitas das famílias que vivem do artesanato estão sofrendo com a falta de turistas. Está ajuda veio em boa hora.”.  

Adnan Chagas, representante dos pescadores artesanais, falou sobre o momento desta epidemia: “Estamos enfrentando muita dificuldade para vender nossas mercadorias, não tem turista circulando por isso essa queda. Sem a venda do pescado não tem como fazermos nossas compras, por isto esta ajuda do Governo é muito importante”, finalizou.  

Segundo o Superintendente da SUDIS, Mauro Rockenbach, a ajuda emergencial aos povos e comunidades tradicionais tem sido intensificado nos últimos dias. Mauro enalteceu o trabalho que a Equipe da Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social vem fazendo neste período de enfrentamento da pandemia de Coronavírus. Segundo o Superintendente: “A Equipe chefiada pelo Professor Denilton Laurindo (Presidente do GT de Povos e Comunidades Tradicionais) não tem medindo esforços para diminuir o impacto da pandemias nas comunidades tradicionais, eles estão trabalhando na linha de frente fazendo esta ligação da ajuda recebida pelo Governo e os povos, que muitas vezes vivem isolados e precisam de cuidados especiais para que não haja uma contaminação em massa em um aldeamento, por exemplo.”.    

Rockenbach também disse que a distribuição de cestas ainda não terminou, que nesta primeira fase foram distribuídas 9,4 mil cestas básicas, para as famílias que estavam em situação de extrema vulnerabilidade social, e que nos próximos dias esta ajuda vai chegar ao restante das comunidades em todo território do Estado.