Na última quarta-feira (03/06) representantes dos movimentos negros da capital, acompanhados de assessores da SUDIS, foram recebidos pelo tenente-coronel Welby Pereira Sales da Casa Militar do Governo do Estado; a intenção do ato foi de repudiar as ações de vandalismo que culminaram na queima da bandeira do Brasil hasteada no pavilhão nacional na frente do Palácio Iguaçu, que aconteceu na segunda-feira 01/06.  

O assessor da SUDIS e Presidente do GT de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná, Denilton Laurindo, acompanhou o ato e disse que o Governo do Estado prima pelo diálogo com todos os movimentos sociais. Segundo ele: “O Governador Carlos Massa Ratinho Junior reconhece a importância do movimento negro e repudia todos os atos de racismo e de vandalismo.”. 

Denilton também afirmou: “A manifestação de segunda-feira contra o racismo, e que reafirmou que vidas negras importam, é legítima. Alguns mal-intencionados que causaram malefícios à cidade e ao poder público, além de reconhecidos, precisam ser criminalizados pelo ato.”.    

O chefe da Casa Militar, Welby Pereira Sales, afirmou que os movimentos que lutam contra o racismo são legítimos e entende que esta discussão tem que ser feita de maneira pacífica. “O que não podemos aceitar são os vândalos que se infiltram no meio das manifestações verdadeiras e se aproveitam para depredar o patrimônio público e privado. Mas com certeza o Governo do Estado está sensível a todas as manifestações pacíficas. Estamos todos juntos”, finalizou Welby. 

Adegmar Candiero, fundador do centro Humaitá, disse que não se pode imputar estes atos violentos ao movimento negro que luta contra o preconceito. Conforme Candiero: “O movimento Vidas Negras Importam é legitimo. Precisamos defender o Brasil do racismo, do nazifascismo, da miséria, da morte, da perda de soberania e, acima de tudo, afirmar o Brasil que queremos.”. 

Outro representante dos movimentos negros, Professor Célio Jamaica, disse que precisamos combater o racismo histórico que existe em nosso país: “Nossa preocupação hoje é resgatar os símbolos de igualdade. Queremos romper com a ideia de que o movimento negro é violento. O racismo e o preconceito que são violentos.”, finalizou. 

O Superintendente da SUDIS, Mauro Rockenbach, disse que infelizmente os casos de racismo não recebem o devido reconhecimento das autoridades políticas do país, mas aqui no Estado do Paraná é diferente. Segundo Mauro: “O Governador Carlos Massa Ratinho Júnior criou um órgão específico para dialogar com o movimento negro e com todas as chamadas minorias, temos representantes negros em todas as esferas do Governo e buscamos combater o racismo institucional, vidas negras nos importam sim e vamos lutar por esta bandeira, óbvio que sem vandalismo.”.